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Minha vida depois de Dalila

Fui criada numa família conservadora, pai militar e extremamente machista, mãe religiosa, muitos parentes dia de domingo, mulheres cozinhavam, homens conversavam. A comida do meu pai e irmãos era colocada no prato e entregue na mão, obrigação de cuidar da casa e de todos era das mulheres sempre

Eu me sentia sufocada na minha casa, não pertencia aquela família, não aceitava ter que casar com rapaz que meu pai escolheu, ser apenas dona de casa e dependente de marido. Eu queria viajar, conhecer o mundo, a vida, pessoas

Aos 16 anos já estava com enxoval comprado e casamento marcado, isso me deixava doente, deprimida, eu ia terminar o colegial e me casar sem ter a oportunidade de trabalhar e ser independente, era a morte pra mim, mas era assim com todas as mulheres da família

Um dia decidi não ir para a escola e fui a praia caminhar, ver gente, fingir por um instante que era dona da minha própria vida, e nesse dia conheci a Dalila

Dalila era linda, bem vestida, maquiada, corpo malhado, ela tinha um ar de feliz, eu queria ser feliz como ela aparentava, ela me convidou para almoçar e acabei falando da minha vida, do meu casamento e de como aquilo tudo era uma droga. Fiquei admirada com a sensibilidade dela, então ela me convidou pra conhecer o apartamento em que morava com mais 2 amigas e eu fui

Chegando lá a casa era animada, as meninas riam e dançavam enquanto cuidavam do cabelo, das unhas, eu queria aquela liberdade de ser quem eu quisesse, de poder decidir o que fazer e onde ir, então elas me convidaram para morar lá. Naquela noite peguei minhas roupas e fugi, fui morar com elas

As manhãs eram bem preguiçosas, elas saiam a noite e dormiam até tarde, eu acordava cedo e fazia o café, os dias eram mais felizes, a gente conversava, ouvia música, elas falavam dos encontros da noite passada, eu me sentia livre, até que uma noite me convidaram para sair junto com elas

Chegando no lugar que me disseram ser surpresa, era bem escuro, música tocando mas não havia ninguém dançando, passamos por uma sala grande e chegamos a um corredor com várias portas e janelas de quadradinhos vazados. Não acreditei no que dava para ver por eles

Era uma casa de Voyeur, eu nunca tinha ouvido falar, conseguia ver casais, pessoas sozinhas, trios, grupos, aquilo me dava uma sensação boa, depois fui descobrir que era excitação

Fui convidada por Dalila a entrar no quarto e logo ela desceu meu vestido, meus seios arrepiaram na hora, ficando com os bicos salientes, ela beijava meu pescoço e nesse momento outra das meninas entrou, ela já estava nua, era a imagem mais linda que já vi

Ela deitou na cama a minha frente, abriu as pernas, molhou dois dedos com sua boca e começou a se masturbar, eu não tinha reação, senti algo escorrer pelas minhas pernas, estava com muito tesão mas não entendia bem tudo aquilo

Elas começaram a se beijar, se tocar, a respiração delas e a minha se tornava ofegante, foi quando uma delas esticou a mão para mim, eu fui sem saber o que esperar, somente motivada pelo desejo que sentia de tocar a pele delas, sentir o cheiro. Percebi que alguém nos observava, mas mesmo assim deixei o momento tomar conta de mim

Assim que deitei pude sentir uma língua me invadir, era quente, macia, estava ficando louca, meu corpo tremia e ao mesmo tempo reagia com aquela sensação, resultando em gemidos que eu nunca havia dado. Dalila começou a me beijar, chupar meus seios, passear a mão em meu corpo, enquanto eu era penetrada por dedos longos e agitados que me levavam a um orgasmo, algo que eu nunca poderia imaginar sentir

Assim que gozei, elas sorriram, me beijaram, me vestiram e me levaram pela mão a um outro quarto, onde lá havia um homem e uma mesa, ele retirou da gaveta 6 mil reais, 2 mil para cada uma Eu não estava entendendo nada, ainda sob efeito da foda mais incrível da minha vida, a primeira, então elas agradeceram e fomos a boate dançar, foi então que eu entendi que esse era o trabalho delas, ser espiada enquanto sentem prazer e naquela noite eu descobri o prazer em dobro, o de gozar e de ser dona da minha própria vida

Hoje ainda moramos juntas, mas eu sempre saio por aí sozinha no meu carro, passo pelo bairro em que vivia e olho de longe minha família, hoje eu não sou 100% realizada, mas sou feliz de poder deixar o envelope que minha mãe sabe que vem de mim todos os meses

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